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Channel: Ecos da Montanha...
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Virada CorupaX

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Daniel Casas - via Duro na Queda 9b - foto: Vinicius Attuy

A "vibe" de Corupá é INCRÍVEL, essa foi a frase mais dita durante a virada 2013/2014 no Parque Natural Braço Esquerdo. Mais uma vez o setor reuniu escaladores de várias partes do Brasil para um tempo de escalada, confraternização e amizade!!! O tempo colaborou com dias de sol e outros de chuva mais frescos, a escalada não parou em nenhum momento e muita gente mandou seus projetos e ficou com o sorriso de orelha a orelha.

Janaina Xavier na cadena da via Total Dreg 9b

O destaque ficou por conta da quantidade de mulheres, que vieram em busca de seus projetos pessoais com muita gana. O nível da escalada feminina vem aumentando, assim como o número de praticantes. É incrível observar essa evolução.

A baiana Luan Krug - via Sinapse Nervosa 8c
Nas vias de peso, Janine Cardoso botou no bolso a Influenza (10a) e a Humildade no Ar (10a), sendo a primeira mulher a mandar essas vias. E na sequencia, foi a vez de Janaina Xavier mandar a Influenza.

Janine Cardoso - via Influenza 10a - foto: Simony Blanco
Heloisa Lola - cadena da Legumes Flutuantes 7b
Claudia Tridapalli na primeira parte da Humildade 7c  -foto: Roniel Fonseca 

O Parque Natural Braço Esquerdo vem se firmando no cenário nacional como um excelente destino para os escaladores. No meu ponto de vista, isso ocorre devido a algumas peculiaridades do local, tais como: vias em um negativo contínuo, qualidade da rocha e a possibilidade de se escalar no verão e também em dias de chuva. Isso tudo aliado ao fácil acesso, área para acampamento e natureza exuberante com rios e cachoeiras, faz de CorupaX realmente um grande centro de Escalada Esportiva!!!!

Negativo principal "bombando" - foto: Roniel Fonseca

Felipe Ho Foganholo (14 anos) apertando forte na via Super Paust 10a - foto: Vinicius Attuy 
Escaladas a parte, esses dias foram muito legais devido a troca de experiências, intercambio, amizades e confraternizações como novos e velhos amigos. 
O fato da área de acampamento ficar junto ao setor, faz com que todos convivam juntos, formando um laço muito bacana, desde a hora da escalada, como durante o resto do dia, na janta, no banho de rio, no dia de descanso. 
Todos reunidos dia a dia em busca de aprendizados que só a ESCALADA propicia. 

Galera curtindo a escalada e o rio no setor Vale Perdido - foto: Roniel Fonseca
Francine Borges - via Pedra Lascada 9a - foto: Vinicius Attuy
Lucas Trotta - via Menino Bang Bang 10c - foto: Simony Blanco

AGENDE-SE PARA PRÓXIMO EVENTO:



Iremos comemorar o evento anual da 4climb em Corupá, um dos melhores setores de escalada do Brasil. 
O evento vai acontecer de 18 a 21 de abril de 2014. Esta data foi escolhida por ser feriado e ser a melhor temporada para escalar no local. 
Programe-se, em breve lançaremos mais informações.


Gabriel Jansen - via Skavurska 10b - foto: Vinicius Attuy

Thiago Compacci - via Pedra Lascada 9a





CUMBREEEE

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Cerro Solo
Os escaladores catarinenses Reginaldo Carvalho, Eduardo Pedro, Alexandre Langer e Daniel Fernandes acabam de regressar do cume do Cerro Solo na Patagônia Argentina, em uma empreitada de 24hs Chaltén-cume-Chaltén sem parar pra dormir.
Esse ano a temporada nessas terras austrais não está nada boa, devido ao fenômeno climático El Niño, janelas de tempo bom curtas e muito vento.

Reginaldo Carvalho - Instrutor Salamandra Escola de Montanha - cume Cerro Solo


Em breve mais informações.
Mais uma conquista para o montanhismo catarinense e joinvilense. Parabéns!!!!

Cajón de Los Arenales - Andes Centrais

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Cajón de Los Arenales
Quando dei por mim já estava lá, vendo ao longe os Nevados da Cordilheira dos Andes outra vez.
Assim, meio de última hora, empolgados por amigos que haviam acabado de chegar de viagem, decidimos fugir do calor e ir ao Cajón de Los Arenales, Andes Centrais - Argentina, em busca da vida junto as montanhas!!!

Área do acampamento e o refúgio, na entrada do cajón.

Esse setor é bem "pop" entre os escaladores brasileiros, vários amigos já haviam me contado a respeito do granito encontrado por lá, das aproximações pelo acarreo, da imensidão do cajón (cânion) e principalmente das fendas perfeitas. 
Confesso que mesmo após ver tantas fotos e escutar muito a respeito, o lugar superou as expectativas e me surpreendeu positivamente. 

Parede Cara Leon e um diedro perfeito (6b+ Fr)

Grupo El Cohete - Cajón de los Arenales

São duas principais áreas de escalada, Refúgio Portinari com algumas paredes de até 200 metros, como a Mitria por exemplo, ideais para se aclimatar com a rocha e o estilo, e a área Cajón de los Arenales, que é onde se encontram as principais montanhas. É ao longo do cajón que se erguem as belas paredes e agulhas de granito.

Parede La Mítria, via Danza com Lobos (6a)

Parede de La Mitria e a entrada do Cajón


Via Mujeres y tequilas (5+)  - Agulha Nuez

Quase no cume da Agulha Campanille Alto pela via Hamônica (6a)

Prevalece o estilo de escalada denominado pelos locais de: "Clássico em terreno de aventura". A maioria são vias de multi cordadas entre 200 e 600 metros de comprimento, normalmente por fendas utilizando-se materiais móveis, a uma altitude média de 3.000 metros. 
Apesar da rocha ser bem sólida, deve-se tomar cuidado com os inúmeros blocos soltos, principalmente nas vias mais fáceis e nos platos, atenção especial na hora de rapelar e puxar a corda.

Via Deja ya de joder (6a) - Agulha Carlos Daniel

Aproximação para o grupo Campanille com o Cerro Punta Negra (4.312m) ao fundo.

Cume Campanille Alto

Cara Leon via El Libro (6c)

Área para acampamento.

O local de acampamento fica localizado na entrada do cajón, as margens do Arroyo del Cajón, com água potável, cristalina e fria e junto ao Refúgio que é mantido pelos frequentadores do local e sendo assim, gratuito. O ideal é ficar acampado e usar o ambiente do refúgio pra cozinhar e para se proteger o vento e do frio. 
Sendo o local uma área selvagem, deve-se sempre praticar o mínimo impacto em ambientes naturais.

Refúgio  na entrada do Cajón de Los Arenales. Grupo Campanille iluminado a esquerda e Grupo El Cohete a direita.
Arroyo Del Cajón
Campanille Alto (3.400m)

Para informações a respeito das escaladas, há o guia Escaladas em Mendoza de Mauricio Fernandez, que contempla as principais vias das duas áreas principais, com croquis, fotos e descrições.
Na internet o site www.arenalesclimbing.com é uma boa fonte e pode-se contratar serviços como transporte, guias entre outros.

Dia de montanha, vento e frio - será que vai chover? Agulha Carlos Daniel

Fendas!!!

Aproximação e o visual!!!

Foram ao todo 21 dias de aventura, 5.970km rodados, metros de fendas escaladas, horas de caminhada, novas amizades, várias botellas de ótimos Malbecs e muito aprendizado.


Fauna local!!!



Apoio: Salamandra Escola de Montanha, Jurapê Equipamentos para Aventura, Resseg, Hard Adventure e Núcleo Mutuca.





Curso Escalada em Rocha

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Prepare-se para grandes visuais. Daniel Casas escalando no Irmão Menor, RJ.

A Escalada em Rocha é uma das modalidades do Montanhismo, uma prática esportiva que se constitui basicamente na arte de subir por paredes rochosas. 

O curso de Iniciação à Escalada em Rocha, promovido pela Salamandra Escola de Montanha é destinado a quem não tem experiência nesse tipo de atividade, tem como objetivo, transmitir as principais técnicas, procedimentos e conhecimentos  utilizados na escalada, a fim de promover uma prática segura e prazerosa. 

Novas turmas em 15 e 16 de março e 12 e 13 de abril.
Ainda temos vagas!!!

Campo Escola Prainha em São Francisco do Sul

CONTEÚDO:

Introdução a Escalada: Histórico do montanhismo no Brasil e no mundo, modalidades  de escalada, princípios de conduta ética no esporte.

Equipamentos: Apresentação dos equipamentos, utilização e manutenção.

Cordas e Nós: Manuseio e características técnicas da corda. Nós de encordamento, de  união, blocantes e especiais.

Técnicas de Escalada: Movimentação na rocha, conceito de progressão em livre e em artificial e graduação de dificuldade.

Dinâmica de Escalada: Técnicas de segurança, montagem de ancoragens, escalada em toprope e vias de multi cordadas,  técnicas de  rapel e auto resgate.

Aula 1 teórica em nosso Centro de Treinamento
PROGRAMAÇÃO:

- Aula 1 - Teórica, dia 14 as 19hs, Centro de Treinamento em Joinville.
- Aula 2 - Prática na rocha, dia 15 as 8hs Campo Escola Prainha em São Francisco do Sul.
- Aula 3 - Prática na rocha, dia 16 as 8hs Cascata Paraíso em Campo Alegre.
- Aula 4 - Teórica e prática, dia 16 as 15hs Centro de Treinamento em Joinville.

Aula 2 Campo Escola Prainha.
Aula 3 Cascata Paraíso


AVENTURA SEGURA:



O curso é ministrado por Daniel J. Casas, montanhista desde 1988 e 
Instrutor credenciado pela AGUIPERJ, única associação que regulamenta a prática da atividade de instrução no Brasil reconhecida pela Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada.


Em Joinville e região exclusividade Salamandra.

O credenciamento garante um profissional, treinado, experiente, atualizado e competente, tanto nas técnicas e procedimentos de segurança em escalada, quanto em didática e metodologia de ensino. (Saiba mais)

Cume Cascata Paraíso.

Aula 4 Centro de Treinamento MuroTucas.
Aula de movimentação, Centro de Treinamento MuroTucas.
  
Inscrições e informações pelo email: contato@asalamandra.com.br

Escalada em Los Arenales - Andes - Argentina, fev/2014.


CLIQUE AQUI e veja mais fotos dos cursos realizados na Fan Page Salamandra Escola de Montanha.



Edital de Convocação

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EDITAL DE CONVOCAÇÃO Nº. 01/2014

O Presidente da Federação de Montanhismo e Escalada do Estado de Santa Catarina - FEMESC, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o disposto no Estatuto em vigor:

CONVOCA
TODAS AS ENTIDADES FEDERADAS, em pleno gozo de seus direitos, para participar de ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA, a se realizar no dia 22 de março de 2014 na Garagem de escalada Bola de Neve Church as 14h00, situada na Av. Calistrato Muller Salles 720, Bairro Progresso, Laguna SC.

I - ATM SC 2014

II - Assuntos pertinentes:
1 – Site
2 – Projetos para 2014
3 – Programa Adote uma Montanha (PamSC)


Criciúma, 01 de março de 2014


Fernando Urnau

Presidente FEMESC
Federação de Montanhismo e Escalada do Estado de Santa Catarina- FEMESC


Fendas como me gusta

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Escalar em fendas é uma arte.
Ir construindo a escalada de uma maneira mais livre, não condicionada pelas proteções fixas, requer uma dose de criatividade e estratégia ao se proteger.

Daniel Casas na via La Bela Polenta (7a) 

Um setor que se destaca nesse tipo de escalada aqui perto de Joinville (80km) é o Morro do Rio Bonito, localizado na região de Palmeiras, município de Rio dos Cedros.
Uma parede de granito coberto com um teto de arenito, possibilitando escaladas até nos dias mais chuvosos.

Morro do Rio Bonito

Praticamente 100% das vias são escaladas em fendas utilizando-se de proteções móveis, desde escaladas em livre de V a VIII grau até artificiais de grau C3.
A maioria das vias são de duas cordadas e bem variadas, com diedros, fendas, tetos, agarras, em uma parede com boa aderência e vertical.

Urbano na via Urubanda (5)
O visual da montanha é muito bonito, pois o morro está localizado junto a uma região de lagos formados pela represa, que apesar de artificiais formam um mosaico de águas e floresta muito legal.

Lola e Wolf na P1 da via Bruxa Amarela (6sup)

Vale dos ventos.

Um dos principais exploradores do setor é Daniel Fernandes, que abriu a maioria das vias e fez um trabalho bem positivo com o proprietário das terras, a família Bona, que a transformou na Estância Turística Vale dos Ventos, com restaurante, chalés, trilhas, cavalgadas.
Hoje o escalador é muito bem recebido e conta com uma infra estrutura muito boa para passar vários dias escalando. Pode-se alugar um dos chalés ou ficar no alojamento, com banheiros e cozinha.
Veja mais sobre o espaço Vale dos Ventos, clicando aqui.

IzaBela Cardoso no plato da Bruxa
Em 2010 foi feito um Encontro de Escalada no setor que além de reunir uma galera, com palestras, confraternização e escalada, foi feito um trabalho exemplar nas trilhas que levam ao setor e nas bases das vias. Veja mais

Luana Hudler chegando ao plato da Bruxa pela via Subindo a Serra (V)
Das vias que já escalei, gostei muito da Dark Side, duas cordadas (possível fazer em uma) de 7a ou b em diedro, via bem técnica e pode-se proteger bem. La Bela Polenta (duas cordadas) tem uma fenda de 30 metros espetacular inteirinha em móvel, algo entre 6 sup ou 7a. A mais clássica do setor a Gosto Amargo 6sup, duas cordadas mesclando proteções fixas e móveis é uma boa pedida pra começar. Há muitas outras boas vias e também algumas "lado B" como a Corvo Branco (8) aberta por Fernandes, Bito e Marius e Foda sem Ziper (9) por Fernandes e Rian.

Daniel Casas na via Foda sem Ziper.

Para mais informações do setor tem o grupo Trad Climbing Rio dos Cedros no Facebook lá tem croquis e descrição das vias, além de poder combinar alguma escalada com o pessoal local.
Boas fendas a todos!!!!



Sambaqui

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Rafael Alchieri na Aresta Carijó

A ilha de São Francisco do Sul, localizada no litoral norte catarinense, possui um grande potencial para a prática de boulder. Escaladas de diversos estilos, tamanhos e níveis de dificuldade, distribuídos pelos costões rochosos ao longo das praias, diversão garantida para quem curte esse estilo.


Lola no bloco Casqueiro
Setor Sambaqui mais um Lado B da ilha

Um dos setores mais frequentados tanto por iniciantes, pois é um ótimo "campo escola", como pelos mais experientes e exigentes escaladores, é sem dúvida a Prainha. 
Porém pelo fato desse local ser bem espalhado existe uma área do outro lado do costão que recebe poucas visitas, é o setor chamado de Sambaqui. 
Lá encontra-se alguns blocos clássicos  que são feitos com corda de cima, por serem altos e com uma base ruim, são eles: Ponta de Lança (VIIa), Pedra Lascada (VIsup), Ponta Perdida (VIsup) e Última Ponta (V).

IzaBela no bloco Carijó
Lola na transversal do Casqueiro 
Além dessas vias, nesse aglomerado de blocos tem vários boulders interessantes, destaque para o bloco Casqueiro onde é possível escalar 7 problemas de V0 a V7. 
No alto do morro, que na verdade é um sambaqui, há 3 vias em fendas bem interessantes, a Zoolito (VIsup), Paleolítico (VIIb) e a Pedra Polida (VI). 

Bloco Casqueiro e seus múltiplos problemas 
Jader Ramps em um dos problemas do bloco Casqueiro
Rafael no problema que da nome ao bloco Casqueiro, um boulder clássico do século passado.
Esses Sambaquis datam de 5.000 a 7.000 anos atrás e com certeza esses povos já subiam algumas dessas pedras (rsrsrs) é possível no setor observar o amontoados de conchas e as oficinas líticas, um bom convite a reflexão e sensações que esse ambiente propicia. 

Oficina lítica
Visual a partir do setor.
Rafael Alchieri - Atleta Salamandra Escola de Montanha


  



Vista geral do setor


Setor Sambaqui parte baixa, onde encontram-se as vias em top e os principais blocos

Setor Sambaqui parte alta. Vias de fendas bem interessantes

Imagens Daniel J. Casas.




Nova via Crux de Judas

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Abrindo a temporada de conquistas, saiu nessa semana uma nova via no Morro da Cruz em São Chico.
Trata-se de uma linha bem interessante e factível, já vinhamos namorando ela a algum tempo e no momento certo com a parceria certa subimos rapidamente.

Guilherme limpando a primeira cordada.
São ao todo 75 metros divididos em duas cordadas, abertas de baixo pra cima, mantendo e reafirmando o estilo e a postura ética pra essa parede. 
A via começa na parede negativa logo a esquerda da Vó Laudi e vai seguindo entre ela e a Sambaki. A primeira cordada tem 30m e a segunda 45m, o grau ainda a confirmar, mas a sugestão é 4. V E2.

Partindo pra ação.

A nova linha,  Crux de Judas em vermelho.

Reginaldo atento na seg na primeira parada.
Recentemente essa parede sofreu uma boa manutenção, feita pela comunidade local de escaladores e Associação Joinvilense de Montanhismo, todas as proteções antigas foram trocadas e as vias podem ser escaladas com segurança.
Para saber mais sobre as outras vias CLIQUE AQUI.

Guilherme provando a segunda cordada.

Alegria compartilhada!!!

Visual da P2

Via Crux de Judas (4. V E2), primeira ascensão por Daniel Casas, Guilherme Forbeck e Reginaldo Carvalho em 21/5/2014, Pão de Açúcar em São Francisco do Sul.

APOIO: Salamandra Escola de Montanha, Resseg Aventura, Jurapê Equipamentos para Aventura e Hard Adventure.


Satisfeitos com a resultado.




Cordilheira Real - Bolívia

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Caminhada de aproximação com o majestoso Condoriri (5.648m) ao fundo. 

No mês de abril a equipe de joinvilenses Rubens Schroeder, André Coutinho e Alberto Dias, rumaram para os Andes a procura de aventura e  aprendizados nos Nevados bolivianos. 

A região escolhida foi o grupo Condoriri, um setor com várias e incríveis montanhas na casa dos 5.000 metros de altitude, com escaladas variadas, passagem por glaciares, rochas e arestas afiadas.


O acampamento base foi montado junto a laguna Chiar Khotaa a 4.600 metros de altitude e de lá que partiram para a escalada de duas montanhas.
Primeiro a fim de melhorar a aclimatação escalaram o Cerro Áustria com 5.300 metros de altitude e  700 m de desnível no dia 22/04.
Depois em 27/4 foi a vez do Pequeno Alpamayo (5.370m), uma escalada bonita que começa num glaciar até o cume do Nevado Tarija e depois segue por uma aresta de neve de boa qualidade com uma inclinação máxima de 60°.

Aproximação pelo glaciar em direção ao Pequeno Alpamayo.

Objetivo do dia ao amanhecer. Pequeno Alpamayo

André, Alberto e Rubens no cume a 5.370m

A aresta vista de cima pra baixo
Rubens no cume o Tarija com o Pequeno Alpamayo ao fundo
Pra finalizar a expedição ainda fizeram uma tentativa ao Huayna Potosí com 6.088 metros de altitude, pela rota normal, mas devido a uma forte nevasca, péssimas condições do gelo e ventos fortes tiveram que abortar a escalada aos 6.050 de altitude a menos de 150 metros do cume.

Belo visual no retorno do Huayna Potosí
Visual incrível da Cordilheira Real visto do glaciar do Huayna.

Apoio: Salamandra Escola de Montanha e Jurapê Equipamentos para Aventura.


Lágrimas de Jah

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Dani Casas na abertura da Lágrimas de Jah. Foto: Reginaldo Carvalho
Minha escola de escalada sempre foi a ilha São Chico, nela pude desenvolver diversas técnicas e estilos.
O que mais me ensinou foram as aberturas de novas vias, na ponta da corda vindo de baixo pra cima, descobrindo e se surpreendendo com cada lance, com cada agarra, emoção a flor da pele!!!

Um lugar que muito tem à ensinar, é o Paredão das Lágrimas, esse setor pouco frequentado atualmente, foi um dos primeiros a serem desenvolvidos na Ilha, no final dos anos 90. 

Rian Müller na clássica fenda Entre o Sonho e a Realidade (6sup)
Foi nesse setor que surgiram as primeiras vias esportivas de São Chico, antes mesmo do popular Morro da Palha. O estilo empregado na época foi bem sagaz, todas as vias abertas de baixo pra cima. 
Primeiramente exploramos a linhas de fendas, batendo grampos só no final delas para rapelar e depois aos poucos foram surgindo as vias de placas com proteções fixas e algumas mesclando móveis e fixo.

Recentemente o setor que andava pouco frequentado foi reativado, a trilha foi reaberta e sinalizada, contenções e cordas fixas foram instaladas para diminuir e conter a erosão, além disso foi aberto uma nova área denominada de "Vertical", com aproximadamente 6 novas vias com proteções fixas, de sexto a nono grau, os principais responsáveis por esse "revival" foram João Luis, Igor Jung, Marcelo Cabral entre outros.

Rafael Ártico na via Engole o Choro. Foto: Eduardo Geovane
Aproveitando a boa onda, essa semana junto com com Alecssandro Urbano abrimos mais uma via no setor, a Lágrimas de Jah. Subimos uma parede bem vertical com um teto incrível no final. A via foi aberta vindo de baixo, no melhor estilo de escalada de aventura, ganhamos altura mesclando lances em livre com artificial. 

Via Lágrimas de Jah. Foto: Reginaldo Carvalho
Urbano na ponta da corda abrindo seu primeiro lance. 
A primeira parte é bem explosiva e negativa, a parte do meio bem vertical com poucas agarras e extremamente técnica e para fechar com chave de ouro, uma virada teto seguido de um lance negativo com agarras grandes. Realmente uma preciosidade!!!

Liberando a segunda parte da via. Foto: Reginaldo Carvalho

Eu diria que o estilo da via é Esportiva de Parede, pois mescla proteções fixas e móveis e a grampeação apesar de segura, não estão muito próximas, principalmente na parte alta da parede. Quando ao grau ainda é difícil dizer, pois tem alguns lances ainda por liberar, mas imagino que deva ficar na casa de 9. grau. 

Escolhendo a peça pra proteger a virada do teto!! Foto: Reginaldo Carvalho
  


Apoio: Salamandra Escola de Montanha, Resseg, Jurapê Equipamentos para Aventura e Hard Adventure.


Festival Pedra Rachada

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Inscrições abertas para o 10º Festival Pedra Rachada Bouldering!


Nos dias 18, 19 e 20 de julho deste ano, a Pedra Rachada receberá a 10ª edição do Festival Pedra Rachada Bouldering, que é um dos mais tradicionais festivais de escalada do Brasil. Além do lançamento do Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering, o evento terá muitas outras atrações imperdíveis, confira:


• Recepção de boas vindas com café da manhã na pedra;  
• Sorteio de brindes, roupas e materiais de escalada;  
• Kits distribuídos em ecobags exclusivas, contendo:
Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering (após o Festival, o Guia será vendido a R$ 60,00); 
- Barrinhas de cereal, 1 diária para o Muro de Escalada Tórtons (Pampulha), revistas e outros brindes; 
• Camping com piscina semi olímpica e estrutura de vestiários;  
• Praça de alimentação com venda de bebidas e alimentos; 
• Iluminação dos blocos na escalada noturna;  
• Festa no setor com DJ's convidados para levantar a galera!;  
• Exibição de filmes de escalada; 
• E muito mais!

Fotos de altíssima qualidade farão parte do Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering! Nesta, Nathalia Daneliczin escala o clássico “Bicicletinha 2000” v5 (foto: Vitor Maciel).
 Pedra Rachada está localizada no município de Sabará/MG, a apenas 35km do centro da capital mineira Belo Horizonte. O local, considerado pelos melhores escaladores como um dos mais importantes do paíspara a prática do boulder, possui escaladas para todos os níveis, com graduações que variam entre v0 e v12 e projetos que ainda não receberam ascensões.

O idealizador do projeto, Luca Portilho, no boulder Esparrachado, um dos v8 mais clássicos do setor!  (foto: Gabriel Oliveira / Pedra Viva).


Com um projeto gráfico diferenciado, o guia trará fotos de mais de 100 blocos, descrições mais de 500 boulders, circuito de grau e fotos de escalada em altíssima qualidade. Além disso, o guia contará com informações completas sobre a cidade de Sabará: onde ficar, onde comer, onde conseguir suprimentos, turismo local, etc.

Circuito de graus, um dos diferenciais do Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering.

As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas através do site: www.pedrarachada.com
Mas corra, apenas os 50 primeiros inscritos ganharão 01 Magnésio 4climb (chalk block)!

Confiram o Vimeo da Pedra Rachada (www.vimeo.com/pedrarachada) , onde estão sendo lançados quinzenalmente vídeos dos boulders mais clássicos do setor.



Sigam a Pedra Rachada no Instagram (@pedrarachada) e no Facebook (www.facebook.com/pedrarachada) e confira mais fotos incríveis e informações sobre as escaladas no local.


Esperamos receber toda a comunidade escaladora do Brasil. Convide os amigos e a família e venha curtir a maior festa da escalada nacional!!!




Edição de Aniversário

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OS ANOS INOCENTES

Uma primeira vez é sempre marcada de incertezas, expectativas e muita ansiedade, ainda mais para um adolescente. 
Quando saí para minha primeira ida a montanha, para escalar o Castelo dos Bugres em alguma data perdida no inverno de 1988, mal sabia que isso daria rumo a minha vida. Já de cara saquei o mundo de possibilidades e aprendizados que as montanhas tinham a oferecer.

Castelo dos Bugres - Serra do Mar - Joinville/SC
Durante os invernos seguintes, escalei na companhia de outros amigos escoteiros sistematicamente as principais montanhas da região, Pico Jurapê, Monte Crista, Morro da Tromba, Morro Pelado, Marumbi, entre muitas outras menos populares.

Naturalmente, logo estávamos praticando escaladas mais comprometidas, ainda que com muito improviso e criatividade. 
Ainda na fase do colégio, um amigo de turma, que também estava subindo montanhas conosco, comprou a muito custo o Manual do Montanhista de Cristiano Requião, com esse livro em mãos estudamos e começamos a praticar com afinco as técnicas para escalada em rocha. 

O MARCO

Foi então que em 1994, caiu em minhas mãos o Informativo Mountain Voices, com uma propaganda do Curso Básico de Escalada em Rocha promovido pela Montanhismus.

Durante o feriado feriado de 7 de setembro desse mesmo ano, junto com Luciano Sampaio e Djorgian Day parti em direção a Pedra do Baú em São Bento do Sapucaí/SP, para enfim concretizar o aprendizado dos primeiros passos.

Aula 1 do Curso Básico de Escalada em Rocha - set/94

SEMPRE APRENDER

Hoje, a exatos 20 anos do curso, minha motivação em aprender a escalar segue forte e autêntica. Sigo a subir freneticamente pelas pedras e montanhas que vou encontrando em meu trilhar. 

Sei que muito tenho ainda a aprender, e a cada nova escalada, vou adquirindo mais experiências e assim lapidando minha forma de ver, sentir e escalar a vida.

Me dedico a profissão de ensinar a escalar montanhas, pois entendo que além das "horas/rocha" passadas nas montanhas é compartilhando nosso conhecimento que firmamos nosso aprendizado.

350 metros de uma de nova via na Pedra do Córrego, em Pancas no Espírito Santo.
Cume Pedra do Córrego, Pancas/ES com Alexandre e Izabela, setembro/2014

GRATIDÃO

Nesses anos todos tive muitos mestres que facilitaram meu desenvolvimento, todos foram importantes em seu momento, alguns merecem destaque:
Robson Pires por me emprestar o Manual do Montanhista, Eliseu Frechou pelas primeiras aulas, Ronaldo "Nativo" Franzen pelo legado deixado em São Chico e por abrir as portas do Marumbi, Bito Meyer pelas vias deixadas no Morro da Cruz/SFS onde pude forjar meu estilo, aos parceiros Reginaldo Carvalho, Edmilson Ávila, Edu Pedro e Luana Hudler que sempre estiveram e seguem estando presente nas grandes roubadas e aos meus pais que sempre me apoiaram.

Agradeço também a todos aqueles montanhistas que antes de mim, deixaram seus ensinamentos e rumos, para que possamos seguir a empurrar nossos limites e desenvolver a arte de viver pelas montanhas!!!


Muito Obrigado.




Pontões Capixabas

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Ao iniciar o relato sobre essa viagem aos Pontões Capixabas, fico imaginando o grupo de escaladores, lá no ano de 1959 quando avistaram essas montanhas pela primeira vez. 
É surreal sair de um relevo monótono pouco acidentado e de repente, no virar de uma curva, dar de frente com essas montanhas.

Chegando em Pancas
Na época, o grupo composto por Giuseppe Pellegrini, Nélson Teixeira, Emil Mesquita, Carlos Russo e Rodolpho Kern subiram a Pedra Agulha e inauguraram a escalada técnica na região. A conquista da Chaminé Brasilia com 450 metros, foi um marco para a escalada brasileira e até hoje é considerada uma escalada desafiadora.

Pedra Agulha e seu sistema de fendas e chaminés.

A sensação deles deve ter sido parecida com a minha e de Izabela, quando depois de rodar 1.700 km desde Joinville, vimos as primeiras montanhas dessa região, foi difícil manter a concentração no volante. Já sabia que iria ver muita pedra, tinha visto fotos, vídeos, porém ao vivo foi realmente marcante.
Nosso objetivo e motivação era semelhante ao grupo de 59, queríamos subir algo novo, uma nova via!

Da esquerda pra direta, Pedra Cará, Garrafão e Pontão.
As montanhas de granito do Monumento Natural dos Pontões Capixabas, ficam localizadas nos municípios de Pancas e Águia Branca. Apesar da escalada estar presente a muito tempo na região foi nos últimos anos que surgiram a maioria das vias e ainda há muito o que abrir de falésias a cumes virgens.

Pedra Cará e o Camelo vistos do alto da Colina.
Pedra do Garrafão, visto da área de camping. Ainda sem vias de escalada!
Passamos 3 semanas escalando na região e montamos nossa base no Cantinho do Céu, um sítio localizado no Córrego Palmital, cercado de montanhas e preparado para receber escaladores. O local é administrado por Fabinho Eggert, que além de grande conhecedor local, sabe todas as dicas da escalada da região.

Área de camping do sítio Cantinho do Céu, sombra, água fresca e rodeado de montanhas.


Para nos adaptarmos a rocha e conhecer o estilo local, primeiramente escalamos algumas vias das muitas paredes que nos cercavam. São várias as opções de escaladas e sua maioria com mais 300 metros.
O acesso as paredes é muito fácil, algumas com aproximações de 5 minutos de caminhada e outras subindo por costões de rocha com pouca inclinação.


IzaBela iniciando a escalada na Pedra do Córrego.
Os dias de descanso foram destinados a reconhecimento de paredes inexploradas na região e também para aproveitar a rede na sombra do jambeiro, a ver e ouvir macacos, tucanos, laçaris e se hidratar com muita água de coco, pois o clima é bem seco e o sol "póca" com dizem os locais.


As vias da região são predominantemente de aderência e seguem linhas naturais mais positivas das paredes. São raras as fendas limpas e paredes verticais com agarras. O padrão de proteção é um pouco exposto, no início rola uma pressão psicológica, mas logo ao se adaptar com a textura da rocha a escalada fica mais descomprometida e prazerosa.

Escalada da via Presente de Águia (350 m) na Pedra do Jacaré.

Cume da Pedra da Boca, após a escalada da via Amigo Imaginário.

Aproveitando no final de semana que estava acontecendo o 8. Encontro Capixaba de Escalada, fomos a Águia Branca para conhecer as montanhas do lado de lá e participar do evento para nos enturmamos com a galera local.
Foi muito divertido e as escaladas foram incríveis. O formato já convencional desses encontros com palestras, oficinas e confraternizações além de escalada, funcionou muito bem, destaque pra palestra feita por Sandro Souza sobre o acesso as montanhas e como o  contato com os proprietários da região, foi muito pertinente e interessante.

Escalada da via Olhar do Junior (450m) com o símbolo de Águia Branca ao fundo, os 3 Pontões
3 Pontões de Águia Branca.
Um dos locais que mais me agradou, em Águia Branca, foi o vale da Pedra da Coruja, montanhas incríveis e bem grandes, localizadas em um vale menos detonado pelas lavouras de café e similares.

Pedra da Coruja

Via Entre Idas e Vindas (350m) na Pedra do Nei.


Pedra Cará e o céu de Pancas

Na última semana, com a chegada de Alexandre para juntar-se ao time, partimos para escolher uma parede e abrir uma via. O tanto de pedras, com múltiplas possibilidades, quase nos deixou loucos e foi difícil escolher entre o que nos apetecia. 


Uma das muitas paradas de reconhecimento.
Muitas linhas nos interessavam, porém dispúnhamos de pouco tempo e uma previsão de entrada de uma frente fria nos obriga a escolher uma linha que pudesse ser escalada rapidamente. Acabamos por escolher a Pedra do Corrégo, já havia feito uma via na mesma parede e observado que tinha uma característica diferente das outras que havíamos escalado, não era aderência e sim uma linha com bastante agarras e segundo escaladores locais, raridade na região.


Partindo para a base. 
A estratégia da conquista era simples, subir até onde conseguíssemos no dia, fixar as cordas e descer para dormir na barraca. Iniciei a escalada e abri a primeira cordada e assim fomos revezando cada um abrindo uma cordada na faixa de 50 a 60 metros. A linha escolhida era bem promissora e nossa suspeita se mostrou real, seguimos um veio de cristais na rocha com muitas agarras.

Tirando os pés do chão.

Alexandre iniciando a sexta cordada seguindo pelo veio de cristais.
No primeiro dia abrimos 4 cordadas, aproximadamente 200 metros, fixamos as cordas e descemos para continuar até o cume no dia seguinte. 



Visual da parede, ao fundo as montanhas de Águia Branca.

IzaBela sempre atenta na segurança
Dando segurança da P6 quase no cume.

Finalizamos a via e a batizamos de Paredão Lubrina, o grau sugerido é D2 4. VI E2 com 350 metros. É uma escalada bem interessante e desfrutável, haja visto que tem poucos esticões entre as proteções e é predominantemente com agarras, com eventuais lances de aderência. O veio de cristais que sobe a linha é um detalhe a parte que faz com que a escalada tenha um charme especial.

Cumeeeee
Croqui da via. O mesmo está disponível no catálogo das vias de Pancas no sítio Cantinho do Céu.

As experiencias nessas montanhas se mostraram extremamente interessantes e nos deixou com uma certeza, a de voltar em breve. São muitas as possibilidades de montanhas que aliadas a um clima seco, por vezes um pouco quente, fácil acesso com cumes e paredes inexploradas, vale sem dúvida uma visita para abrir novas vias.




APOIO: Resseg Ecologia e Aventura, Hard Adventure, Ramps, Jurapê Equipamentos para Aventura, Núcleo Mutuca e Salamandra Escola de Montanha.

Tire os pés do chão!!!

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ESTILO AVENTURA - MORRO DA CRUZ

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Alecsandro Urbano chegando na P3 da via Penélope (5. 7b E3)
Projeto Guiando Todas

No começo da temporada Urbano veio me dizer que estava com a intenção de guiar todas as vias do Morro da Cruz, me mostrou um croqui rascunhado com vias e estratégias. 
Fiquei feliz em saber de seu projeto pessoal e ofereci minha ajuda no que fosse possível.
Escalar todas as vias do morro, com certeza vai lhe preparar pra grandes montanhas. 
Sou grato por seguir na vanguarda e servir de referencia a uma nova geração de Montanhistas dispostos a empurrar os limites!!!!

Para quem nunca ouviu falar do Morro da Cruz, guiar as 13 vias pode parecer simples, porém quem conhece, sabe a evolução, o comprometimento, o desenvolvimento físico e principalmente mental que o escalador deve ter.

Para os escaladores da região, a face leste do morro é uma excelente escola de ESCALADA DE AVENTURA. 
São 18 opções entre vias e variantes abertas no estilo TRADICIONAL, vindo de baixo pra cima ao longo de 24 anos de conquistas.

Vista geral da parede do Morro da Cruz
Pelo fato de ser uma escalada que exige certo COMPROMETIMENTO, não é um setor popular, apesar de sempre ser bem frequentado e nunca ter ficado abandonado. 
Em todos esses anos, muitos tiveram o privilégio de aprender nessa parede, sendo repetindo ou abrindo novas vias, fazendo manutenção ou curtindo o visual do cume após um bom dia de escalada.
O morro com certeza, foi e segue sendo um "campo de provas" para gerações de escaladores locais.

Lola na fenda da via Morceguinho (3. 5sup  E2)


Quem inaugurou a parede foi Bito Meyer e cia. com as vias Sambaki (4. 5sup E3) e Vó Laudi (5. 6sup E3) em 1990, e desde então o estilo aplicado no morro foi baseado nesse padrão. Ou seja, vias de aventura, modernas, utilizando equipamento móvel quando possível e sempre abertas vindo de baixo. A maioria no padrão de exposição E3. 

Reginaldo Carvalho tocando pra cima na Vó Laudi (5. 6sup E3)


Gavião Tesoura, vem lá da Amazônia pra curtir a primavera no morro.
Rafael dominando o teto da Overdose.

Urbano conclui seu projeto a alguns dias atrás de forma impecável.
Foram aproximadamente 32 cordadas de aventura.

Vejam abaixo seu relato sobre o projeto.

Urbano na cadena da terceira cordada da Penélope 7b técnico.

Poder escalar no Morro da Cruz é desfrutar do melhor estilo escalada de aventura da região. 

Desde quando comecei a dar os primeiros passos em vias tradicionais, sempre tive a curiosidade de saber como seria a adrenalina ao me aventurar nas linhas deste morro, que até então, me pareciam assustadoras. 

P2 da via Dá ou Desce.

Durante um ano procurei escalar diversas vias no Morro da Palha, mas sempre imaginando como reagiria diante da exposição, proteções em móvel e ancoragens naturais que a montanha proporciona. 
Após passar a fase de aprendizado, iniciei as primeiras guiadas na Cruz escalando as vias com menor grau de dificuldade (Morceguinhos e Me Chama que eu vou) para assim poder me adaptar ao estilo e aprender aos poucos como se escalava no local.



Com o passar do tempo descobri que as vias que tanto foram tratadas como “mitos” por outros escaladores, na verdade são lindas linhas para serem repetidas, com características diversas, que proporcionam muito aprendizado das técnicas de escalada em grandes paredes. Uma por uma as vias foram sendo repetidas e os “mitos” foram sendo desmistificados.

O projeto de escalar todas as vias do morro da cruz foi iniciado no começo da temporada de 2014, quando decidi me dedicar exclusivamente para as vias tradicionais. Por meio de um croqui impresso, fiz uma relação das cordadas que eu já havia escalado Guiando e de Participante, podendo assim organizar a estratégia.

Durante o ano inteiro o projeto trouxe diversos pontos positivos para a escalada no morro. Muitos escaladores contribuíram para sua conclusão, ajudando na regrampeação, limpeza e manutenção de vias, acessos e bases. Destas, posso citar quatro vias (Sambaki, Penélope, Macarrão com Farinha e Vídia Dura) nas quais trabalhamos, eu e Daniel J. Casas, para reativá-las e assim poder concluir o projeto.

P3 da via Macarrão com Farinha e baia Babitonga ao fundo

Tive dois momentos, entre os mais emocionantes, que passei durante essa experiência. Primeiro, a entrada à vista nas ultimas cordadas da via Penélope Charmosa (5º 7b E3) em uma bela noite de lua cheia com o escalador Rafael Alquieri, que também ficou na parceria durante todo o tempo. E a queda que sofri ao guiar a ultima cordada da via Vídia Dura (6º 8a E3), que veio a me fortalecer ainda mais e me trouxe grandes aprendizados.

Via Penélope Charmosa.

Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste projeto. Deixo aqui o meu convite para quem quiser conhecer o Morro da Cruz. 
Aproveitem a escalada, o Estilo Tradicional do morro, respeite a natureza,  conquistadores e todos aqueles que escalam por amor e não por opção.

MC KDNA amarradão.

Hoje a parede está 100% regrampeada. Todas as vias, bases e acessos limpos. Trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos pela COMUNIDADE LOCAL DE ESCALADORES em parceria com a iniciativa privada e associação local.

Espero sinceramente que esse exemplo de dedicação e visão, se perpetue entre a comunidade e expanda-se por gerações disposta a aprender, respeitar e empurrar os limites. 

Rafael Alchieri mandando "a vista" a Overdose de Lucidez (5. E2)







Boulder SãoChico

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Mais um projeto realizado com competência, qualidade e amor!!!
Clip Tiriú sobre escalada de boulder na ilha de São Francisco do Sul!!
Vale o Play!!!





IMPRESSÕES Valle Cochamo

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O montanhismo em sua essência, é um exercício pela busca do desconhecido, ir atrás do novo, a procura de aventura e consequentemente da superação de desafios. Um lugar novo pra explorar e todos os seus desdobramentos, resultam numa viagem com muito aprendizado, num melhor conhecimento de si mesmo e do espaço que escolhemos a interagir.

Cerro Trinidad, uma das principais montanhas do vale Cochamo.

Desfrutar o passar dos dias na montanha, em busca de aventura, longe das comodidades urbanas, nos permite viver dias intensos. Temos a chance de respirar um ambiente mais puro e com menos interferências. Aos poucos, cada vez mais conectado, a cada dia mais íntimo, mais focado em empurrar os limites pessoais, parafraseando Messner: são os dias em que realmente vivemos.

Anfiteatro de montanhas

Parede norte do Trinidad, vias entre 700 e 1000 metros.

As montanhas ao longo do vale do rio Cochamo são encantadoras. Suas grandes paredes brancas, recortadas por fendas num sólido granito, propiciam uma escalada em terreno de aventura sensacional. 

Rio Cochamo e as primeiras montanhas surgindo no decorrer da caminhada de aproximação

Apesar de ter vias para todos os gostos e níveis, são as grandes montanhas com suas paredes verticais que chamam a atenção, inseridas em um ambiente amplo e grandioso, na cordilheira dos Andes.

                           Pared del Tiempo

Predominam escaladas de grandes paredes  em terreno de aventura, algumas em artificial, mas a maioria em livre, normalmente seguindo sistemas de fendas de variados tamanhos. Algumas escaladas podem levar alguns dias para subir e ultrapassam os 1500 metros de comprimento. 

Liderando uma cordada da via EZ Does It (5.10d)  no Trinidad.

A trilha pelo bosque, os rios ao longo do vale, a base da montanha, a parede e suas linhas, o cume. A cada passo, novos aprendizados fundem-se com os já sabidos. Momentos de apreensão e de pura euforia se confundem ao longo da jornada. Tempo de agir com atitude e tempo também de contemplar e agradecer. Cada escalada é uma experiencia única e enriquecedora, independe do desfecho, o valor é medido pelo aprendizado de viver o momento presente que escolhemos com sabedoria e arrojo.

Tempo melhorando após a tormenta.

Essas montanhas ficam localizadas bem próximas ao mar, na patagonia chilena, no lado oeste da cordilheira. O clima dessas montanhas sofre bastante influência do oceano Pacífico, criando ambientes úmidos com bastante precipitação. O resultado são grandes vales com rios caudalosos e uma mata abundante e esplendorosa conhecida como floresta Valdiviana. Entrando na cordilheira o cenário é preenchido com lagos, rios, paredes rochosas, vulcões e cumes nevados.

Vale do rio Cochano e Cerro Trinidad ao fundo
Cerro Tronador

"Quien no conoce el bosque chileno, no conoce este planeta. De aquellas tierras, de aquel barro, de aquel silencio, he salido yo a andar, a cantar por el mundo."
Pablo Neruda 

Bosque de Alerces a caminho da base do Trinidad

Subindo o vale, inicio da caminhada para La Junta

A qualidade da rocha é excepcional, o granito sólido possui uma boa textura, por vezes polido, mas no geral com boa aderência. As fendas variam de acordo com o setor, normalmente são perfeitas e fáceis de proteger, porém é comum fendas abertas que dificultam a colocação, principalmente nas áreas mais baixas.

Subindo um diedro perfeito e contínuo na via Camp Farm Cerro La Junta

Cerro Trinidad

Subimos o vale durante o mês de fevereiro e o bom tempo nos propiciou conhecer uma boa parte dessas montanhas, seus caminhos e segredos. Realizamos boas escaladas, algumas vias nos levaram ao cume, outras a lugares incertos, em todas acumulamos experiencias e momentos espetaculares. 

Dia de bom tempo nas montanhas, puro desfrute.

Acampamento base em La Junta 
Com o objetivo de repetir algumas vias aos principais cumes e fazer um bom reconhecimento adotamos a seguinte estratégia: Fizemos a caminhada de aproximação e montamos o acampamento base em La Junta que é o ponto de partida para as principais montanhas. Subimos leves e parte dos equipamentos e alimentação vieram a cavalo. Começamos escalando nas paredes mais baixas e perto do acampamento. 

Parede La Zebra, boas vias para sentir a rocha, ao fundo rio Cochamo e o  camping La Junta

Após o período de adaptação, fomos para as montanhas mais distantes, o plano então foi levar equipamentos e comida para ficar por alguns dias, escalar o máximo possível e voltar para o acampamento. Em uma janela de mau tempo escalamos em um setor esportivo próximo, chamado Paredes Secas.

 
Vias esportivas setor Paredes Secas

Puro desfrute Cerro La Junta

Saindo para entrar em sintonia, via Camp Farm Cerro La Junta.
Os setores onde encontram-se as principais montanhas e vias são chamados de Trinidad e Anfiteatro. Do acampamento La Junta até os acampamentos superiores próximo as base das paredes são cerca de 2 a 3 horas, ou ainda um pouco mais se estiver levando muito peso. O ideal é subir para passar alguns dias e aproveitar ao máximo as janelas de tempo bom.

Cerro Trinidad Norte

TRINIDAD

Essa área é composta por diversas montanhas e paredes, onde as principais são os Cerros Trinidad Norte, Central e Sul, Gorila, El Monstruo entre outras. 

Arthur saindo pra última cordada da via El Gendarme, Cerro Trinidad

Nosso acampamento na base da parede principal do Trinidad.
Fendas perfeitas e placas lisas!!

Nereida na parte alta da via EZ Does It




         
        Toda a verticalidade do Cerro Trinidad
Cume Cerro Trinidad

Descendo porque o cume é só metade do caminho.

ANFITEATRO

Como o próprio nome sugere esse setor é um anfiteatro composto por várias montanhas com paredes que ultrapassam os 1000 metros verticais.

Setor Anfiteatro visto de La Junta
Via Aleta Del Tiburon

Partindo pra mais um dia de escalada, Anfiteatro

Cume Parede del Tiempo
"...Bajo los volcanes, junto a los ventisqueros, entre los grandes lagos, el fragante, el silencioso, el enmarañado bosque chileno..."Neruda

Vulcão Osorno
Bivaque para as paredes do Anfiteatro

Pra cima!!!
Se o objetivo for fazer escaladas inéditas o vale tem muito ainda a oferecer. Apesar de as principais montanhas e paredes já terem sido escaladas, o potencial ainda é incrível, são muitas as linhas perfeitas ainda esperando a primeira ascensão.


                          Paredes do vale do Trinidad
Liderando as primeiras cordadas da via Excelente Mi Teniente

Arthur puxando corda em uma enfiada da via Excelente Mi Tienente (5.11a) 

Apoio: Hard Adventure, Resseg, Jurapê Aventura, Salamandra Escola de Montanha.

Mais informações sobre Cochamo em cochamo.com




Vias e Estilos

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A maneira como o desafio imposto pelas montanhas é resolvido, determina o estilo dessa escalada, ou seja, quais os artifícios, técnicas, estratégias, entre outras que foram utilizadas pra ir ao topo.

Dentro de uma visão mais purista, é aceito que a forma mais honesta de escalar uma montanha é através dos seus próprios esforços utilizando menos artifícios. Sendo assim, a escalada em solo integral seria uma maneira bem justa de subir uma montanha, um ótimo estilo.

Há escaladas que com o passar do tempo vão sofrendo alterações em seu estilo, e pouco a pouco vão mudando, até passarem a serem concluídas rotineiramente de uma outra maneira e não mais da forma original da primeira ascensão. Vias que antes eram feitas em artificial passam a ser escaladas em livre, por exemplo. Essa "evolução" na forma da escalada, não deve nunca passar por cima do direito autoral de conquista (saiba mais), que justamente serve pra preservar a pluralidade de  estilos. 

É fato que muitas escaladas passam por essa transformação, exemplos não faltam de vias que com o passar dos anos mudaram a forma como são escaladas, pra citar alguns: via do Compressor no Cerro Torre, antes feita em artificial fixo em grampos e hoje feita em livre com o maior número de proteções móveis possíveis, a via Enferrujado na parede do Abrolhos conjunto Marumbi, o Lagartão no Pão de Açúcar, assim como o próprio Everest quando foi escalado pela primeira vez sem oxigênio mudou o estilo e quiça um dia, seja escalado apenas dessa maneira!

Para os escaladores de Joinville, o Morro do Finder é o setor mais próximo, localizado praticamente no centro da cidade. Possui algumas boas vias e vários boulders de qualidade em um quartizito bem sólido de excelente textura.

A via Aeds Egipt (8b) foi a primeira a ser aberta no setor Pedra do Veloso, por volta de 95 ou 96, por muitos anos foi feita com corda por cima, e assim em "top rope" fiz a cadena em 98. Com o passar do tempo decidimos equipá-la para que pudesse ser feita guiando, isso foi em 2004. 
A via, naquele momento, sofreu uma transformação de estilo e posso afirmar que promoveu uma evolução na escalada local. Outras vias similares surgiram no setor e muitos escaladores puderam encadenar guiando o seu primeiro 8.o grau. 

O tempo passa e a evolução não para. 
Hoje a via vem recebendo várias ascensões em um estilo conhecido como "High Ball", que são lances realmente altos feitos em boulder, com a segurança feita com colchões e alguns amigos. Mesmo ainda não sendo o estilo "oficial" dessa escalada, acredito que em breve com a evolução das técnicas e equipamentos, essa talvez seja a maneira mais corriqueira de encadenar esse desafio.



Festival de Escalada Pedra Rachada

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Inscrições abertas para o 11º Festival de Escalada Pedra Rachada Bouldering!!!



O Festival de Escalada Pedra Rachada Bouldering proporciona uma vivência única ao colocar o encontro de escaladores de diversas partes do Brasil e do Mundo com um mesmo objetivo: subir pedra!


No ano passado, mais de 500 pessoas foram até a cidade de Sabará, localizada a apenas 35km do centro da capital mineira Belo Horizonte, para curtir a 10ª edição de um dos festivais de escalada mais tradicionais do país!

A Pedra Rachada possui atualmente mais de 500 boulders abertos, ou seja, diversão garantida para escaladores de todos os níveis! 




Este ano, o festival acontecerá nos dias 17, 18 e 19 de julhoe uma estrutura incrível está sendo preparada para que os escaladores tenham uma experiência ainda mais inesquecível.




Nesta mesma data, a cidade de Sabará estará comemorando seu aniversário de 304 anos com diversas atrações, como as bandas Skank e Tianastácia. Uma ótima oportunidade para conhecer uma importante cidade histórica mineira e curtir uma grande festa. A programação completa do aniversário pode ser vista neste link: http://goo.gl/vTtFna

A banda Skank é uma das principais atrações presentes no programação do aniversário da cidade. O show acontecerá na sexta-feira, dia 17, na Praça Melo Viana e a entrada é gratuita.


Confira agora alguns dos atrativos do 11º Festival de Escalada Pedra Rachada Bouldering:


• Camping com estacionamento, piscina e vestiários; 


Café da manhã completo servido no setor.

Yoga: práticas matinaiscom o grupo Natural Flow.


• Praça de alimentação: venda de sucos naturais, açaí, sanduíches, macarrão na chapa, chopp, caldos, doces e muito mais (leve seu dinheiro trocado e colabore com a organização)!


• Espaço Zai: tenda alternativa com muitas surpresas para os atletas darem aquela relaxada entre suas escaladas!


• Iluminação dos blocos no nightclimb com desafios valendo prêmios! 


• Festa com DJ's convidados até o amanhecer!

• Palestras;
 

• Exibição de filmes de escalada;

• Sorteio de brindes, roupas e materiais de escalada; 


Inúmeros projetos de diversos graus de dificuldade ainda não receberam cadena. Na foto, Felipe Alvares na primeira ascensão do boulder “Soma”, v9.





Para inscrever-se, basta escolher entre as 04 opções de inscrição abaixo:


#1 - Kit Boulder¹ = R$ 30,00

#2 - Kit Boulder¹ + Guia de Escalada PRB² = R$ 60,00

#3 - Kit Boulder¹ + Camiseta Regata 4climb³ = R$ 60,00

#4 - Kit Boulder¹ + Guia de Escalada PRB² + Blusa Dry Tech 4climb³ = R$ 100,00


E seguir este simples passo a passo (leva menos de 5min) disponível em nossa Ficha de Inscrição: https://goo.gl/XV1DAe

Confira imagens incríveis da 10ª edição do Festival Pedra Rachada Bouldering.


www.vimeo.com/128991770


Se inscrever dá direito a diversos benefícios e nos ajuda a poder organizar um evento cada vez melhor, difundindo ainda mais o nosso esporte. Convide os amigos e a família e venha curtir a maior festa da escalada nacional, a entrada é gratuita!!!


Fiquem ligados em nossa página no Facebook (facebook.com/pedrarachada) para maiores informações diariamente até a data do evento.

Mais informações sobre a Pedra Rachada, além de fotos e vídeos incríveis, podem ser vistas em nosso site oficial:
pedrarachada.com


O Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering conta com informações completas para que você possa aproveitar o melhor do setor, que já o consagraram como o mais completo do país! Saiba mais sobre o Guia clicando aqui [+].


Esperamos receber toda a comunidade escaladora do Brasil! Não percam!!!


Sinta a vibe de escalar em um Festival de Boulder. 

¹ O Kit Boulder consiste em uma Ecobag porta-sapatilha e algumas surpresas para os incritos.

² Guia de Escalada Pedra Rachada Bouldering, versão impressa em material de qualidade 100% colorido com mais de 450 boulders com fotos e descrições.

³ As Blusas Dry Tech e Camisetas Regata 4climb deverão ser retiradas junto ao Kit, no local do evento. Modelos sujeito à disponibilidade.



Cursos Salamandra

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Aventurem-se com segurança.
Confiram a agenda de cursos da Salamandra Escola de Montanha.
Instrutores CREDENCIADOS em Joinville e região EXCLUSIVIDADE Salamandra.
Guiando desde 2001.


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